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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Foi molesto. Forte. Algo a se sentir além da própria dor. Muito mais que a dor do seu perdão árduo. Da sua sombra de dúvida. Da sua ferida que mesmo cicatrizada ainda dói. Do seu orgulho. Da melancolia que se esconde por trás do seu espelho por receio do reflexo ser forte demais, e lhe fazer sofrer um verão inteiro enquanto você vivesse ainda o inverno da tua alma inquieta. Das suas tardes e noites perdidas aos prantos. Das suas madrugadas e manhãs em sono profundo e incômodo. Da sua hipocondria isolada. Da sua febre. Do seu azar. Do seu erro. Da sua indiferença que dói mais que qualquer valor. Da dor de cada lágrima estúpida, fraca, imprecisa, e inválida. Da sua distorção ao falar. Ao pensar. Ao imaginar. Mas como tudo é um ciclo, amanhã você se refaz de todas as suas fraquezas e me apresenta a sua música do dia.

Louanny Cury.

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